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Sala da Mulher se reúne em roda de conversa com servidores e fala sobre a Lei Maria da Penha

  • Publicado em 18/08/2025
  • Atualizado em 03/09/2025

Fonte: Assessoria

Autor: Assessoria

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Legenda: A palestrante também explicou que a violência não é comumente

Autor da Foto: Assessoria

A Sala da Mulher vinculada a Câmara Municipal de Nossa Senhora do Livramento reuniu na ultima sexta-feira (16), com servidores da Secretaria de Desenvolvimento Rural. O objetivo foi conversa “eles por elas” sobre a questão da Lei Maria da Penha, dos direitos da mulher, e provocar uma reflexão também sobre a vida do homem.

“O que a gente tem notado é que, embora as mulheres tenham cada vez mais conhecimento dos seus direitos, o número de feminicídios tem aumentado exponencialmente”, destacou a palestrante do evento Drª Larissa Laura – assessoria jurídica da Câmara. A Sala da Mulher é presidida pela vereadora Adriana Campos (PSB).

De acordo com Larissa, diante desse aumento, percebemos a necessidade de fazer uma intervenção junto aos homens. “primeiro para informá-los que a cultura do machismo acaba por fazê-los reproduzir situações de violência contra a mulher e que eles nem percebem que é uma violência”.

“Nós demos o título exemplificativo lá na roda de conversa, a situação do homem que aborda a esposa falando assim, ah, você está obesa, você está gorda, ninguém está trubufú, baranga e tudo isso daí é uma forma de violência psicológica, que pode, inclusive, gerar uma ação e que acaba aumentando, escalando exponencialmente com relação à violência”.

A palestrante também explicou que a violência não é comumente, “ela não começa com uma agressão física, porque toda vez que a gente pensa em violência contra a mulher, a gente pensa naquela que deixa a lesão”.

Não, não. “Ela começa com a violência psicológica, com o fato de um ciúme excessivo, de não permitir que a mulher frequente determinados lugares ou use determinados tipos de roupa”.

Drª Larissa também elencou a questão da violência sexual contra crianças, sobre as condutas que os pais devem reproduzir, ou melhor, devem explicar para os filhos que não é legal, por exemplo, sentar no colo de pessoas, de homens, “ainda que sejam parentes, o hábito dos pais, daqueles pais que tem de beijar filho pequeno na boca, como isso pode provocar uma erotização desnecessária”.

“Falamos também sobre a questão dos crimes sexuais cibernéticos, que está muito em voga com a questão do Felca, que denunciou a adultização, sobre a exposição indevida das crianças nas mídias sociais”.

Para a palestrante foi um papo bastante proveitoso, já que os servidores participaram ainda com algumas situações, entre elas, quando está no âmbito familiar, a forma como ele trata a mãe, e isso reproduz nos relacionamentos futuros das filhas, mulheres.

“Porque a partir do momento que o homem agride a mãe, seja com palavras, seja com menosprezo, seja com qualquer tipo de violência doméstica, a menina passa a entender que aquele herói, se o herói dela, que é o pai, faz aquele tipo de conduta, ela também é merecedora de receber aquele tipo de conduta. E ai ela vai aceitar uma violência doméstica no futuro”.

E se a gente pode cortar nesse momento, essa reprodução de violência, e como que o homem faz isso? Colocando a menina num patamar alto. Vai passar a escolher o marido que trate ela muito bem, porque ela foi muito bem tratada em casa, a mãe dela foi muito bem tratada em casa, a avó também. E tudo isso torna a menina mais criteriosa na hora de escolher um companheiro.

“Porque a tendência da mulher é reproduzir, é buscar um companheiro que seja parecido com o pai”.

 

#saladamulher