Sabendo que a violência sexual contra vulneráveis é uma ocorrência bastante grave e freqüente, e na escola que é o primeiro lugar onde os estudantes começam a estabelecer relações fora do âmbito familiar, sentindo-se um sujeito social, a Câmara Municipal de Nossa Senhora do Livramento, através da Sala da Mulher, com apoio do TJMT através da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEMULHER), realizou mais uma ‘roda de conversa’ com profissionais de Educação da Rede de Ensino Municipal e Estadual. A palestra aconteceu no Plenário da Câmara Municipal na ultima sexta-feira, 25.

Mais de 80 professores compareceram no evento que teve com objetivo oferecer reflexões e ações para que estes profissionais da Educação sensibilizem na identificação e acolhimento de alunos vítimas de violência sexual doméstica. No dia 9 de outubro, esse mesmo tipo de evento orientou sobre a mesma temática, dezenas de alunos da Escola Estadual Professor Feliciano Galdino.  

A palestra foi ministrada pela psicóloga Luciana Edeliz e pela assistente social Adriany Carvalho e segundo elas, é na escola que é onde a maior parte dos casos de violência sexual é revelada para algum adulto com o qual o menor tenha amizade e confiança, “daí a importância para os educadores conhecerem mais sobre o assunto”, destacou a psicóloga Luciana Edeliz.

“A violência sexual deixa conseqüências gravíssimas, pois, além de machucar fisicamente as crianças e adolescentes, provoca danos psicológicos que podem ser carregados para o resto de suas vidas”, disse a vereadora Oneide Maria (MDB).

Oneide preside a Sala da Mulher na Câmara Municipal e é pedagoga especialista na área da Educação Especial. Assim, ela completa que entender os conceitos de violências contra crianças e adolescentes “é importante para nós educadores conseguirmos identificá-las, preveni-las e responder duramente a elas”.

A vereadora e presidente da Casa de Leis, Leila Mello (UB), também é graduada em pedagogia e relata que os impactos causados pelo abuso são diversos e afetam, mesmo no longo prazo, a vida dos sobreviventes. Dessa forma, abordar o tema e o discutir, amplamente, em todas as esferas da sociedade é uma forma de mobilizar, sensibilizar e instrumentalizar o coletivo, desmistificando o assunto e chamando atenção para essa importante questão social.